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Todos os anos surgem diferentes negócios novos e que revolucionam, de uma forma ou de outra, o mundo corporativo. Exemplos grandes ideias para abrir um negócio criativo não faltam: tivemos a criação dos serviços de marido de aluguel, para pequenos reparos, as paleterias, qualquer coisa com a palavra gourmet (pipoca gourmet, bolos gourmet, cervejas gourmet, brigadeiros gourmet, etc), e hoje a novidade das “barber shops”.
Muitos desses negócios prosperaram e prosperam atualmente. No entanto, a maioria dos empresários que abriram um “negócio criativo” apenas para aproveitar a moda não conseguiram se sustentar com o passar dos anos.
Isso tem como principal motivo a falta de um atrativo além do grande “hype” criado pela propaganda, redes sociais, espírito de novidade, etc. Com a vida moderna, as modas passam cada vez mais rápido e se manter nesses tipos de negócio é cada vez mais difícil.
Depois de passada a moda, é preciso continuar o investimento, continuar a criação de novidades e diferenciais para se manter relevante no mercado. Ter um negócio realmente criativo é ir além do que o mercado apresenta. É inovar.
Esses “negócios criativos” são ciladas para muitos empreendedores, sejam eles experientes ou de primeira viagem. Por isso, resolvi criar um guia para te ajudar a não cair nas principais armadilhas dos negócios que prometem lucro certo.
1 – Gerenciar um negócio criativo não é mais fácil que um negócio convencional
Alguns empresários acreditam que gerenciar um “negócio criativo” será mais fácil que abrir um negócio convencional, por isso eles pulam etapas para abrir logo e não perder a tendência dos investidores e do público-alvo.
Assim, eles se esquecem de etapas importantíssimas para a manutenção de um negócio a médio e longo prazo, como elaboração de um plano de negócios, pesquisa do mercado e dos concorrentes, conhecer o público-alvo a fundo, etc.
Uma empresa para ser realmente chamada de negócio criativo precisa trazer algo novo e acessível ao mercado como um todo ou para o lugar onde ele será implantado. Por isso, inovar em cidades pequenas é mais fácil que em grandes capitais, como eu explico neste artigo.
Vamos a um exemplo que pode ajudar na compreensão da importância do planejamento. Durante a moda das temakerias, muitos empresários de uma cidade resolveram abrir restaurantes japoneses, mas poucos realmente se preocuparam em analisar o mercado, os concorrentes e quanto as pessoas estavam dispostas a pagar pelo produto. Em menos de um ano havia uma temakeria em cada esquina. Os que se planejaram menos fecharam as portas em menos de dois anos devido à concorrência e saturação do mercado. Se esses empresários tivessem pensado um pouco mais antes de sucumbir à tentação de ter um “negócio criativo” e se planejado melhor, poderiam ter perdurado por muito mais tempo.
2 – Negócios criativos devem inovar
Parece redundante que para ser criativo seja preciso inovar, não é? Mas, por incrível que pareça, poucos empreendedores realmente fazem isso. Parece que o termo “negócio criativo” representa um conceito que pode ser replicado em qualquer situação, o que não é nem de longe verdade.
Aparentemente, muitos empresários acreditam na fórmula da inovação. Algo deu certo em um determinado negócio e que se copiado também dará certo para você. Isso não é verdade.
Ao contrário do significado que “inovar” carrega, ele pode ser conquistado de uma maneira mais fácil. Um negócio criativo não precisa criar um produto ou conceito do zero, mas importar conceitos de outros mundos ao seu produto. É o caso da experiência proposta por alguns estabelecimentos, como as “barber shops”.
Essas barbearias investiram em inovar por meio de uma experiência diferenciada para conquistar o cliente e abriram as portas para todo um ramo de negócios que era inexplorado no universo masculino.
Entretanto, a experiência do cliente em um negócio criativo deve ir além dos brindes ou cervejas grátis, como muitos dos estabelecimentos se acostumaram a fazer. Ela deve ser algo duradouro e que esteja de acordo com o seu público-alvo. Não adianta cobrar muito caro por um corte de cabelo e dar uma cerveja de brinde. Se o seu cliente não estiver disposto a pagar pelo serviço pelo que você proporciona, ele vai cortar o cabelo em outra barbearia e tomar uma cerveja depois. Talvez as duas coisas ainda saiam mais baratas que o seu serviço. Percebe como é preciso ir além da fórmula?
3 – Negócios criativos e lucrativos são possíveis, mas arriscados
Existem muitos negócios que surgiram em alguma moda e conseguiram prosperar, mesmo após a moda do seu segmento ter passado. A razão para o sucesso geralmente é não seguir o movimento de manada, ou seja, não fazer algo só porque todos os outros estão fazendo, e sim realizar um investimento consciente e planejado.
Se a última tendência é investir em biquínis personalizados, mas você sempre trabalhou no ramo de alimentos, por que investir em um “negócio criativo” que você não domina? É a mesma coisa que uma pessoa que não toma sorvetes por alergia ou intolerância abrir uma paleteria. Essas pessoas se seduzem pela ideia de lucro fácil e se perdem com o passar dos meses de gestão.
Cair nessa ilusão é estar a um passo do fracasso como empreendedor. Não invista apenas para seguir a tendência. E se for investir em algum “negócio criativo” da moda tenha certeza de que assim como qualquer outro negócio, é preciso ter conhecimento da área, afinidade com os negócios e planejamento para ter futuro certo.
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